CBF precisa abrir mão do dinheiro, implementar o VAR e sair da contramão da história

O VAR já é uma realidade em algumas competições do futebol mundo afora. Enquanto isso, o Brasil se enrola para colocar esta tecnologia à disposição dos árbitros em sua principal disputa: o Campeonato Brasileiro. Embora eu seja um defensor absoluto deste recurso para auxiliar a tomada de decisões da arbitragem, tenho que concordar com aqueles clubes que apontam os custos envolvidos como de responsabilidade da Confederação Brasileira de Futebol.
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Não é factível pensar que uma entidade do tamanho da CBF se exima desta obrigação. Além de não faltar dinheiro em seus cofres (embora os altíssimos salários pagos a executivos), ela estaria valorizando o seu próprio produto. É ruim para a imagem do futebol brasileiro que, a cada rodada, dirigentes, técnicos e jogadores se dirijam aos microfones para acusar os juízes de estarem pendendo para algum lado, de não serem capazes de apitar as partidas etc.
Fala-se que o custo desta implementação giraria em torno de R$ 20 milhões. É só olhar um balanço anual da CBF para se chegar à fácil conclusão que se trata de uma mixaria, levando-se em contato que tal elemento elevaria o patamar da competição, daria uma credibilidade a mais para a disputa e colocaria o Brasil em acordo com a nova realidade do esporte, que não permite erros que podem ser reparados em nome da Justiça.
Agora, se Rogério Caboclo e companhia se negarem a disponibilizar novamente o VAR em 2019, os clubes deveriam se unir e bancar, até para dar um verdadeiro tapa na cara da confederação e mostrar que, quando se quer, se consegue. Seria bonito de se ver. E, obviamente, constrangedor para dirigentes que dizem ser capazes de modificar a realidade do futebol, mas que parecem não dar um passo adiante neste sentido quando envolve gastar um pouco de dinheiro.
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